segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

NIILISMO










O corpo não é meu,é da terra
A alma não é mim...a quem pertence
Quem libertará esse espírito que teima em viver por mim?
Sei  para onde vou ,mas de onde eu vim?
Tenho certezas do que não quero
Mas já não sei ao certo  o que não quero
O certo e o errado se fundiram
É tudo muito duvidoso,dissimulado ,incerto
Tenho pêlos e buracos por todo meu corpo
Pequenos orifícios que se inundam
Quando a alma grita,e eu não consigo suportar...
Tudo em mim se escorre cheira mal ,desagua e desanda
Por onde se esvaiu,os aromas do jasmins do sândalo?
Por onde anda meu caminha de Volta?!
Vou me perdendo de mim...;
Tudo é muito curvo,alto,longo,longe...estreito
O vento soprou pétalas e folhinhas verdes
Sobre o lodo de meus pés
Caminhos percorridos e interrompidos,
Sem pá, sem botas e sem cordas
Onde está a Mão que não me alcança
Onde está os Olhos que nunca dormem
Porque não me recolhes com Teu cajado?...
Criaturas lindas e elegantes
Lábios macios e mentirosos
Em cada atalho me distancio mais
Por onde anda meu caminho de volta?
O rubro me seduz...os acordes me acordam
Por onde anda meu caminho de Volta
Seguirei as flores que teimam em cair nos meus pés...
Como um animal faminto e predador
Seguirei o rastro dos restos das carnes da caça e do caçador
Assim me deixarei imolar,abatida e ratalhada
Esmagando as flores  que teimam em cair nos meus pés
Pés de lama
pés sem botas
Pés de meus pais...


                      SANLIZ     (22/1/2011)

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