terça-feira, 21 de junho de 2011

 

JÁ CONHECEMOS ESSAS PALAVRAS DE JESÚS...MAS O QUE ELE QUERIA DIZER REALMENTE?



Oferecer a outra face não quer dizer dar o rosto para bater.
É uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma desagradável, devemos mostrar a face oposta.



Dar a outra face é mudar a paisagem, é
uma ação positiva diante de uma negativa.
Assim, quando todos atiram pedras, ofereça
uma flor. Quando todos caminham para o lado
errado, mostre o passo certo.



Se tudo estiver escuro, se nada puder ser visto, acenda
você uma luz, ilumine as trevas com uma pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando, dê o primeiro sorriso; não com lábios sorridentes, mas com um coração que compreenda, com braços que confortem.


Quando ninguém souber coisa alguma,
 e você souber um pouquinho, ensine,
começando por aprender, corrigindo-se a
si mesmo. Quando alguém estiver angustiado,
mostre-lhe a face do conforto


Se encontrar alguém em desespero,
acene com a esperança, mesmo que isso seja um
desafio para você mesmo. Quando a terra dos corações
estiver seca, que sua mão possa regá-las. Quando a flor do afeto estiver sufocada pelos espinhos da incompreensão, que sua mão saiba arrancar a praga, afagar a pétala, acariciar a flor.


Onde haja portas fechadas para o entendimento,
leve a chave da concórdia e da compreensão.
Onde o vento sopra, frio, enregelando corações,
                                 que o calor de sua alma seja proteção e abrigo.


Se alguém caminha sem rumo, mostre-lhe as
pegadas que conduzem a um porto seguro.
Onde a crítica azeda for o assunto principal, ofereça
uma palavra de otimismo, um raio de esperança, uma
                   uz que rompe as trevas e clareia o ambiente mental.
 


Quando todos parecerem perdidos, mostre o caminho de volta.
Quando a face da solidão se mostrar como única alternativa na vida de alguém, seja uma presença que conforta, ainda que uma presença silenciosa



Onde o manto escuro da morte se apresenta como um
beco sem saída, fale da vida exuberante que aguarda os
seres que fazem a passagem pela porta estreita do túmulo.
Seja você a oferecer a face sorridente e otimista da vida,
onde a tristeza e o pessimismo marcam presença.




Pense nisso! 


Num dia, que não vai muito distante, um homem
especial nasceu na região da Úmbria, na Itália.
Ele ficou conhecido como Francisco de Assis,pois foi em Assis que ele nasceu.



Aquele homem singular sabia o que Jesus pretendeu
dizer quando falou sobre oferecer a outra face.
Sua vida foi um hino de paz, e sua oração ficou imortalizada
nas páginas da história, como a oração de Francisco de Assis.
Ele pede ao senhor:
 “Faze de mim um instrumento da tua paz”. Onde houver ódio, faze que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erros, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.



Eis um homem que foi um verdadeiro instrumento da paz. 


 





terça-feira, 7 de junho de 2011

MALDIÇÃO

Hoje é terça -feira...são  hs14:35min...E daí ?!
Se eu somar os números entre si,teremos o número 13 como  resultado...
13...treze...é o arcano da MORTE...da TRANSFORMAÇÃO...

 Vejo esse video,e me aperta a garganta ,o grito que quer sair...
O que fiz da minha vida?...Vai larga tudo o que é teu...tua família e me segue...
Cadê a minha família?...Tambem está  "escrito"... "O bom filho a casa do Pai retorna"....Que casa?...Que Pai?
Quem são meus irmaos ?
Onde escondi meus Sapatos?...
As tachas de minhas botas estão enferrujadas,mas ainda aquecem meus pés...pés cansados e sem rumo...que perdeu o rítmo...a amiga perdeu minha saia...ou não quer devolver...   
parece que tudo se perdeu...minha visão se acaba...minha audição diminui...meu fôlego é pouco e o gosto na boca é de sangue...
SANGUE...RUBRO...

FLAMENCO!!!!

O que fiz  da minha vida?..".Recolhe os trapos e os mulambos...pega o que foi  fora, e ata com os fios de teus cabelos...agora descorados e secos..mas ainda fortes"...
É ESSA A VOZ...que me guia e me ordena...de onde virá?
De um coração partido... de sentimentos abusados...de confiança traída
De amizades desfeitas...de compromisso rompido...
De onde vem essa voz que me alimenta ,que me quer dar vida?
Lá vem o gosto de sangue na boca..
SANGUE  RUBRO!!!
  
FLAMENCO!!!

...três " terceiras altas".!...três  " patadas" !...é esse sapateado que vejo nesse video.sendo feitos por minhas 'irmães'. bailaôras comandados por  uma mulher pequena de formas perfeitas e movimentos precisos...NATÉRCIA!...Minha Mestra querida..
o som desses sapateados e o som desse lamento flamenco,transpassa o restou  que sobrou de mim...como um punhal...punhal gitano...transpassa meu coração mas não me mata...me anima!
Essa música acalenta meus ouvidos...e ouço lá longe um murmúrio que desperta minha alma..que ouso responder num bater de mãos...

FLAMENCO ...RUBRO  COMO O SANGUE!!!

SERÁ QUE AINDA DÁ TEMPO ?!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A DANÇA FLAMENCA


“Quase não era canto, no sentido em que este é aproveitamento musical da voz. Quase não era voz, no sentido em que esta tende a dizer palavras. O canto flamenco é antes da voz ainda, é fôlego humano. Uma palavra ou outra às vezes escapava, revelando de que era feita aquela mudez cantada: de história de viver, amar e morrer. Essas três palavras não ditas eram interrompidas por lamentos e modulações. Modulações de fôlego, primeiro estágio de voz que capta o sofrimento no seu primeiro estágio de gemido. E de grito. E mais outro grito, este de alegria por se ter gritado. Em torno, a assistência aconchega-se escura e suja. 
Depois de uma das modulações que de tão prolongada morre em suspiro, o grupo esgotado como o cantor murmura um Olé em amém, última brasa.
Mas há também o canto impaciente que a voz apenas não exprime: então um sapateado nervoso e firme o entrecorta, o Olé que o irrompe a cada inst ante não é mais amém, é incitamento, é touro negro. O cantor, de dentes quase cerrados, dá à voz a cegueira da raça, mas os outros exigem mais e mais, até conseguirem o instante espasmo: Espanha





Ouvi também o canto ausente. É feito de um silêncio cortado de gritos da assistência. Dentro da clareira de silêncio, em semente ardente, um homem pequeno, seco, escuro, de mãos nas ilhargas, cabeça atirada para trás, marca com o duro taco dos sapatos o ritmo incessante do canto ausente. Nenhuma música. E nem é uma dança. O sapateado é antes da dança organizada – é o corpo manifestando-se, pés transmitindo até a ira em linguagem que Espanha entende. A assistência se concentra em fúria no próprio silêncio. De quando em quando a provocação rouca de uma cigana, toda de carvão e trapos vermelhos, em que a fome se tornou dor e ameaça. Não era espetáculo, não se assistia: quem ouvia era tão essencial como quem batia os pés em silê ncio. Até a exaustão, comunicam-se durante horas através dessa linguagem que, se algum dia teve palavras, estas foram se perdendo pelos séculos – até que a tradição oral passou a ser transmitida de pai para filho apenas como ímpeto de sangue.
E vi o par da dança flamenca.

Não sei de outra em que a rivalidade entre homem e mulher se pusesse tão a nu. Tão declarada é a guerra que não importam os ardis: por momentos a mulher se torna quase masculina, e o homem a olha admirado. Se o mouro em terra espanhola é o mouro, a moura perdeu diante da aspereza basca a moleza fácil; a moura espanhola é um galo até que o amor a transforme em Maja.
 






A conquista difícil nessa dança. Enquanto o dançarino fala com os pés teimosos, a dançarina percorrerá a aura do próprio corpo com as mãos em ventarola: assim ela se imanta, assim ela se prepara para tornar-se tocável e intocável. Mas, quando menos se espera, sua botina de mulher avançara e m arcará de súbito três pancadas. O dançarino se arrepia diante dessa crua palavra, recua, imobiliza-se. Há um silêncio de dança. Aos poucos o homem ergue de novo os braços e, precavido – com temor e não pudor -, tenta com as mãos espalmadas sombrear a cabeça orgulhosa da companheira. Rodeia-a várias vezes e por momentos já se expões quase de costas para ela, arriscando-se quem sabe a que punhalada. E se não foi apunhalado é que a dançarina de súbito recolheu-lhe a coragem: este então é o seu homem. Ela bate os pés, de cabeça erguida, em primeiro grito de amor: finalmente encontrou seu companheiro e inimigo. Os dois recuam eriçados. Reconheceram-se. Eles se amam.
A dança propriamente dita se inicia. O homem é moreno, miúdo; obstinado. Ela é severa e perigosa. Seus cabelos foram esticados, essa vaidade da dureza. É tão essencial essa dança que mal se compreende que a vida continue depois dela: este homem e esta mulher morrerão. Outras danças são a nostalgia dessa coragem. Esta dança é a coragem. Outras danças são alegres.
A alegria desta é séria. Ou a alegria é dispensada. É o triunfo mortal de viver o que importa. Os dois não riem, não se perdoam. Compreendem-se? Nunca pensaram em se compreender, cada um trouxe a si mesmo como único estandarte. E quem foi vencido – nessa dança os dois são vencidos – não se adoçará na submissão, terá aqueles olhos espanhóis, secos de amor e raiva. O esmagado – os dois serão esmagados – servirá vinho ao outro como um escravo. Embora nesse vinho, quando vier a paixão do ciúme, possa estar o veneno da morte. O que sobreviver se sentirá vingado. Mas para sempre sozinho. Porque só esta mulher era sua inimiga, só este homem era seu inimigo, e eles se tinham escolhido para a dança."